Diversidade sem preço

 Essa semana eu recebi dois agradecimentos. Um, em especial, deixou-me comovida. Não sei de vocês, mas para mim não tem coisa melhor do que você sentir que uma atitude sua fez bem ao outro. Eu poderia resumir em uma frase antiga: não fazer com os outros o que você não gostaria que fizessem com você.

Longe de ser amor à pancada. Porque só quem leva sabe a dor que gera. Mas, são elas que me lembram todos os dias o que podem causar em outra pessoa. 

Errei com alguém? Certamente. Ninguém é unanimidade. Tenho cuidado para não fazer isso? Sim. Às vezes exagero e me cobro demais? Aprendendo a equilibrar. 

Em uma experiência ao longo da vida, eu me vi diante de algo que julguei não dar conta. Mesmo. Sabe time da série C jogando contra o campeão da série A, aqueles jogos que a gente assiste na Copa do Brasil ou na Copinha? Um time viajando 72 horas de ônibus, o outro chegando de avião, um treinando em várzea, o outro em centro de treinamento. Eu, na situação, era o time da série C. E não pensem que saí ganhando. Não para quem vê o jogo só nas quatro linhas. Perdi. Sucessivas humilhações. Quando achei que ia pro nocaute, o jogo zerou. Acabou. Depois é que entendi que saí ganhando.

Talvez seja por isso que goste tanto das histórias que o esporte conta. Uma delas, com Muhammad Ali, praticamente nas cordas, perdendo uma luta, mas resistindo. Quando o oponente Foreman se cansou, ele começou a bater como nunca no adversário e venceu a luta. Só quem apanha é que ganha musculatura.

Sofrer, se fosse bom, era vendido em potes. Mas, já que é inevitável... bora andar de cabeça erguida. Bora dar valor ao ser humano, aos momentos. Porque o resto. O resto passa. E rápido.

E para quem tem ranço da palavra resiliência... só lamento. Beijos.





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