Desaprender e descarregar a mochila

 

A vida inteira a gente aprende de um jeito. Os anos passam, as lutas acontecem. É complicado, é doloroso. E, não sabemos o que é pior, mas por vezes descobrimos ainda em vida. Nessa vida. Alívio. Que bom que descobri. Pena de si mesmo. Só descobri agora. O que fazer daqui por diante. É preciso pegar a mochila, cheia dessas pedras colocadas consciente ou inconscientemente.

Dá para pensar em ser feliz? 

Eu penso que sim. É escolha diária. Alimento a tristeza ou gratidão? Tem dia que não é ok. E está tudo bem. É deixar a chuva passar. Vem o cansaço, vem o sono, uma certa tristeza. É uma pausa necessária para avaliar o caminho e jogar o que é desnecessário fora.

Depois da tempestade, a bonança. 

Desaprender coisas que não fazem mais sentido.

Ser feliz é o que se quer. 

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Virando a página, mas não o assunto. Há quem não aprenda nunca. E nunca foi tão importante ser falado o óbvio. Diariamente, precisamos repetir - no mínimo a nós mesmos - que somos iguais. Que não há diferença entre raças, que o respeito ao credo do outro é importante. Que liberdade de opinião é fundamental, mas não pode ser confundida com crime. Humilhar o outro por ser mulher, negro, ter deficiência - é crime. 

Durval, Moise e tantos outros. Que um dia a gente não precise falar o óbvio.