Exorcizar a danada da dor

É. Há dias que são verdadeiras noites. Não que eu não goste do anoitecer. É o sentido figurado, mesmo. 

A dor vem, invade, o ventre fica dolorido, os ombros tensos. Você tenta desviar o pensamento, torná-lo positivo, mas não dá.
Uma decepção, um puxão de orelhas, qualquer coisa vira gatilho. Pior é quando você está decepcionado consigo mesmo. 

Poderia ter feito melhor. Mas não fez. Errar é humano, mas a vida às vezes não te deixa errar. Mas o negócio tá feito e tá feio.

Apesar de noite significar sem luz (muitas vezes), é ela que fica no meio dos dias. E é ela que te refaz. Algo mágico faz arrefecer as coisas. Faz a gente acreditar na luz do fim do túnel. 

Os dias passam e a dor vai ficando pequenininha. Sobressaltos a fazem ressurgir. Mas ela fica mais contida.

Vez em quando, é preciso chacoalhar. Sair da zona de conforto, crescer. Seria bom se não doesse. Mas não tem muito jeito.

É aí que a gente vê que precisa ter mais autoestima. Que precisa fazer crescer a confiança. Vem um medo de celebrar qualquer coisa. Mas a gente precisa. É o nosso alimento. Que nos impulsiona pra frente.

Respirar fundo é preciso. Parar um minuto, olhar e examinar a dor, entender porque dói. Encarar é preciso. E surpreendentemente acalma.

Assim é a vida. Às vezes com frio na barriga. Às vezes com emoção que a gente não quer. Mas é a vida.


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