Histórias cruzadas
Começo de
ano. Planejamento. Afinal, o que eu quero para 2019? Começo o ano com alguns
dias de folga, seguida da primeira viagem a trabalho. Assim é a vida. Cheia de
aventuras. Cheia de recortes. Cheia de pessoas das mais variadas origens,
níveis de relacionamento. Não se muda de uma bolha para outra com cerimônia e
circunstância. Muda-se em minutos.
Com boa
vontade, consegue-se encontrar amigos, é possível comer um bolo de laranja
fresquinho. Os sentidos ficam atentos, os aromas, as percepções. Prestamos
atenção a um sorriso, a um desabafo, a um convite ao aconchego.
Foi assim
que conheci Joaquina (nome real preservado). Batalhadora, mãe de mais de uma
dezena de filhos. Alguns perderam a vida para o tráfico de drogas. Estava
desolada, pois um dos filhos que ainda restara estava se encantando pelo vício.
Pude confortá-la com o que tinha – o ouvido, o carinho e a torcida.
Foi de uma
forma incomum que ouvi o relato de Juliana (nome real preservado). Filha de uma
mãe que descobriu a esquizofrenia muito jovem. Viu e ouviu coisas que uma
criança não deveria ter acesso. Sorri e relata que encontrou na fé uma forma de
ser útil às outras pessoas.
Eu não
tenho dúvida de que o que mais nos alimenta nessa vida são as pessoas. E tudo
isso só é possível quando a gente se permite. Quando a gente abre a alma.
Quando a gente torna a vida possível.
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