Propósitos

Um barco não segue sem um leme. Um carro, sem motor, nem dá a partida. 

Mas, o que é que isso tem a ver na área de Comunicação?

TUDO, já diria Tadeu Schmidt.

Marcas precisam saber para onde vão. Por qual motivo e para qual finalidade.

Pessoas, idem. Em um mundo com infodemia (volte uns textos aqui no blog, e você encontrará conteúdo sobre o tema), com avalanches de dados, é fundamental você se lembrar do porquê você acorda todos os dias. Não é tão óbvio, a maioria não faz essa pergunta. E, até para quem a formula, precisa recordar sempre.

Sem saber sequer quem somos, não vamos traçar um rumo. Não é moda, não é preciso utilizar palavras difíceis ou com glamour de mercado. É tão natural quanto uma planta. Sem raiz, ela não pode crescer. Traduzindo: sem autoconhecimento, sem um objetivo a ser perseguido, qualquer direção serve. Serve? Obviamente, não.

É mais comum do que se imagina deparar-se com ações que até dão resultado, mas não vão longe. Se a gente não sabe o melhor destino, não tomaremos as melhores decisões. Não vamos mudar de ideia quando for preciso. Seremos eternamente incertos.

Cabeças se chocam. Mas, queremos ir em frente. Mais distantes ficamos de nós mesmos. Marcas são essências, assim como pessoas. Marcas e pessoas se misturam, todos os dias. 

A grande verdade é a cegueira às causas. O tal do motivo, da razão. Isso tem a ver com profundidades. Quem é você, de onde você veio, o que você fez até hoje, o que se quer, onde você realmente está. Empresas de todos os tamanhos andam precisando também dessa reflexão.

Há  perguntas, em Jornalismo, que todo estudante aprende e leva à vida profissional. Para compor uma notícia, é preciso respondê-las:

Quem?

O quê?

Como?

Onde?

Quando?

Por quê?

Para quem?

Quanto(s)?


Essas questões deveriam ir além da prática jornalística. Porque são a própria vida.

Faço um convite a uma entrevista com o espelho:

Quem é você?

O que você fez? O que está fazendo? O que você quer fazer?

Como você chegou até o dia de hoje?

Onde você está?

Por que você quer fazer isso? Por que você fez isso? Por que você acorda todos os dias?

Para quem tudo isso vai fazer a diferença?

Quanto tempo, quantos anos, quanto de investimento você precisa?


Igualmente, há três perguntas que sempre devem ser realizadas em qualquer decisão de vida:

É algo bom para mim?

É algo bom para outras pessoas?

De alguma forma, vai prejudicar alguém?

É assim que você vai produzir a notícia mais importante: a raiz, o rumo da sua vida. É assim que marcas deveriam se nortear. É assim que o mundo ficaria melhor.

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Foto: Divulgação WTA



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