Eu rio na cara do perigo

Depois de muitas brigas com recuperação de senha e login, criei outro blog. 

Às vezes a gente tem que parar de lutar contra coisas que não têm mais jeito. "Se não tem remédio", diriam as nossas avós.

Isso me faz pensar que há momentos nos quais Murphy parece se divertir muito às nossas custas. Da série de quando tudo pode piorar, piora mesmo.

A gente brinca de montanha-russa. Subimos e descemos por entre fatos, pessoas e cenários que ora te enchem de coragem, reconhecimento e alegria; ora te surpreendem, decepcionam.

Ah, é fácil. Dirão a você: "perdoe, releve, supere; que bom que isso tudo te dá resiliência; o que não te mata..." - as sábias avós de novo.

Mas, uma coisa é certa. Cada um tem sua receita, seu caminho. Suas escolhas, suas consequências. Pena que na hora da verdade a gente prefere apontar o dedo pros outros. Ah, não, esse negócio de culpa não é comigo. Já vi muita gente boa fazendo isso. E perdendo uma senhora oportunidade de crescer e fazer bonito para os seus. A vida te coloca entre espadas. Certa vez ouvi isso e realmente faz todo o sentido. Se a gente não se policia, mesmo que por segundos, vai pro lado negro da força. Rapidinho.

Por isso, não sou chegada a dar receitas. Pelo menos a essa altura da vida. Receita, para mim, é para teóricos. Quando você vive de verdade, quando a pele sente a vida em sua essência, aí é outra história, amigos. Você passa a dividir pedaços da sua alma. E é então que a gente experimenta o sabor real de ajudar. Não tem preço.

Bom, mas o que posso dividir é que tudo passa. E, enquanto o negócio está pegando daquele jeito que somente você sabe, inspire-se no Simba, de O Rei Leão: "eu rio na cara do perigo." Adoro personagens infantis. São diretos e simples. Como nos esquecemos de ser quando nos tornamos adultos. 

Ria na cara do perigo. Seja assertivo se lhe dão indiretas. Silencie-se no lugar de revidar. Nem sempre o imediatismo é garantia de boa condução. Isso é para os teóricos ou para os que ainda não criaram rugas na alma. Aquele feijão com arroz que ainda tem que ser ingerido.

Deixe que digam, que pensem, que falem, deixa isso pra lá... Jair Rodrigues sabia rir na cara do perigo. Deve ainda saber - sim, acredito em Deus e na vida após a morte. Para quem não acredita, fique com o Jair, simplesmente. Ou, se não gosta dele, fique com a vida, a família, os amigos. Faça algo legal pela sua comunidade. O resto, acredite, passa.



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