Fragmentos de um dia a dia para poucos, mas de muitos

Tudo começou com o vento. Mesmo com proteção de cobertas e capuz, o ar veio em alta velocidade. O vidro fora quebrado no trajeto de ida.

Uma pedra. Provavelmente entrou no equipamento de manutenção, ganhou força e veio com toda a velocidade na direção da têmpora direita. Foi barrada pelo vidro, que estava fechado.

Um nascer de novo. Ali, em plena Dutra. Em frente à cidade dos antepassados paternos - Resende. 


Do vento, a inflamação e a orelha direita queimando. Uma otite.

A otite migrou para a sinusite e a amidalite. O arranhar da garganta, o escutar abafado, em meio a demandas que não deixam de chegar. Uma espécie de teste. Ora você sente força para continuar. Ora você quer chorar, simplesmente. 

Nesse meio todo, a gente vai confirmando que quando se tem a intenção boa a gente não lota somente o inferno. A gente faz a diferença. Um elogio de um conteúdo, um convite do nada feliz. Fazer o bem compensa.

Por outro lado, há o ciúmes, a disputa por espaço, o jeito de ver a vida de uma maneira fria e material. Não deveria incomodar, mas ainda incomoda. Mais treino. Mas e a otite, e a rinite, e a sinusite, e a dor de garganta, e a febre em partes do corpo? É tudo junto.

Chega o cansaço. Chega a vontade de resistir. Chega o carinho. Chega o cuidado.

E vem uma decisão. É necessário pedir ajuda. 

Transformar é preciso. E tudo começou pelo vento na janela ausente.


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