A ausência

 Faz tempo. Aconteceu tanta coisa. Vontade e temas não faltaram. Mas não houve empenho suficiente. Em parte, acho que foi um pouco de rebeldia. Alguma coisa tinha que sair do prumo para fazer sentido.

Foi um ano tão que dá preguiça falar sobre 2020. Foi Covid-19, foi AVC, foi diabetes, foi fibromialgia. Houve papelada, burocracia, certa vontade de chorar. Veio a fé, chegaram os amigos, aconteceram surpresas. Dias intermináveis. Faltaram palavras para explicar cada final de dia. 

Surgiu revolta da pobreza, da miséria, do egoísmo, do negacionismo, da polaridade burra. Encontrou-se uma saída - a Educação, sempre ela. Amparada pelo cuidado com o outro - que não só distrai, mas alimenta a alma. Foi possível ajudar. O desejo era fazer muito mais - quem sabe, um dia.

Foi feito o que deu pra fazer. Foi feito o melhor. Fantasmas voltaram, feridas se curaram. Descobriu-se a meditação e que pensar positivo faz bem - cuidado com o que desejas...

Houve quase morte. Houve medo. Houve rupturas. Houve conquistas - a maior delas, sobreviver.

Foi louco. Mas acabou. 

2021 vem com poucas promessas de dias melhores. Mas, não há alternativa. É preciso desapegar, dar adeus ao ontem e seguir viagem.

Estou velha demais para prometer mais periodicidade. Mas, prometo voltar. 

Google Images (FB/Volta)

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