Intimidade com a resiliência

O mês que passou podia ganhar um selo de destaque. Desses de padrão de qualidade. Qualidade de deixar você no chão, na lona, nocauteada. 

Dentre os vários socos no estômago, o que mais doeu foi a rejeição da escola ao meu menino. Quando é com a gente, é uma coisa. Quando é com a cria, dói muito. Não vou aqui ficar repassando os fatos, porque já escrevi no post anterior. Fiz o que poderia fazer. Ainda em processo, alguns caminhos se abrem. 

Mas, o que fica é um misto de dor, maturidade e o que aprender com tudo isso. É a tal da resiliência. 

Não vou aqui tentar explicar porque temos que lidar com questões complicadas. Mas, já que elas estão aí e fazem parte da vida, precisamos lidar com eles. A resiliência varia de um para o outro. E não tem receita de bolo. O que deixa a gente naquela resistência instintiva, mas sem muito ânimo, inicialmente. 

Só depois de um certo tempo é que conseguimos ver o que nos favorece. Os caminhos que levam à saída, a doer menos. Outra coisa que ajuda muito é ouvir outras histórias. De outros resilientes. Sobreviventes. Ali se descobre, com certa empatia, a dor do outro e como ele lida com ela. Um aprendizado que sempre é muito bom. 

Assim é que podemos pensar em escalar a montanha. Sabendo que quanto mais alta for, maior força terá o vento e mais resistência teremos que ter.

Assim é a vida. Assim é o crescimento. Sem receita. Com aprendizados a cada passo. 

Exposição - Solo Sagrado de
Guarapiranga - SP

Comentários

Postagens mais visitadas